sábado, 1 de março de 2008

10.Extorsão "Legal" ou "Impostos" Institucionais?

Gostava de perceber, que me explicassem, como é que no meio de tão grande crise, assim se justificam os governos, qual bode expiatório, para não baixarem os impostos, mais um tempo, talvez para o ano ou para o outro se tudo correr bem, o banco do estado, a Caixa Geral de Depósitos, apresentou um lucro record, a expressão não é minha mas dela, relativo ao ano de 2007, superior a 880 milhões de euros… só gostava de perceber, que me explicassem, que eu, apesar de trinta anos de economias e empresas, mantenho a singela mas saudável compreensão do zé povinho que vê claro e recto e não descortina escuridões.

Se teve mais lucros, e de que monta, das duas uma, ou mais clientes ou maiores margens, que as duas de uma assentada também pode ser, mas se teve mais clientes é porque a economia cresceu, se teve maiores margens é porque a economia pagou, havendo em ambos os casos dinheiro farto. Então, onde está a crise?

Não quero concluir com aquele bom senso, não do que usa calculadora científica, mas do que pendura o lápis atrás da orelha, a sincera verdade deste aparente mistério.

Quem faz a engorda do porco? O povo certamente que não, pois esse padece e recua, o seu poder de compra baixa e piora, os desempregados esses sim, crescem, mas em aflição e abstinência e para o porco não tem guarnição. Quem engorda e a quem pertence a matança?

Porque de uma cabeça simples e ingénua sai grande preocupação com tão medonha imoralidade, em ver um banco do povo, se o estado ainda for do povo, de enorme riqueza cheio, num país de grande pobreza abarrotado.

E para mais, e para maior consternação vem-me a desconfiança dessas receitas muito virem do povo, que por tradição e obrigação daquele banco foram feitos clientes, espoliados desta feita em juros, taxas e comissões provavelmente por culpa da crise, mas daquela crise que o capital sempre sofre seja em tempestade seja em bonança, pois faz parte da sua índole de ganância, e o povo leva dos impostos e torna a levar dos impostos, que os há de muita variedade e feitio.

Expliquem-me pois esta contradição para mim intricada. Somos então um país rico ou pobre, porque se rico ainda bem, boa notícia para todos e bem vinda o aliviar da carga da mula, pobre povo, que naturalmente romperá como uma aurora radiosa da boa fé de quem governa, se pobre, que sejam íntegros, devolvendo o que extorquiram.

Medida 4

Porque o lucro do estado é prejuízo do povo, que aquele mande deduzir em todos os juros, taxas e comissões a pagar por este em 2008, o que já adiantou em 2007, que o bom povo ainda lhe perdoa as coimas de tão grande atrevimento.