sábado, 2 de fevereiro de 2008

03.Dois ministros em fuga ou enxotados...

Esta semana houve uma coisa menos má; o ministro da saúde (estão ambos em itálico porque ambos são mentira) ou desertou cobardemente depois de toda a porcaria que fez, ou foi demitido, irradiado, expulso, posto fora, escorraçado, vá-se lá em política saber qual das duas versões é verdade, se deu de sola, se foi enxotado…

Este rapaz, de que me contenho de dizer o nome por parcimónia e resguardo de intimidade, foi de largos descaramentos. Lembram-se, por exemplo, de ele ter notificado o Bastonário da Ordem dos Médicos – Pedro Nunes – no sentido de se alterar o Código Deontológico (imaginem só a prepotência e despudor do poder político em querer violentar a consciência da classe médica) para que o aborto passasse a ser um acto ético, ao que e naturalmente o Bastonário lhe respondeu que tinha feito o Juramento de Hipócrates.

Talvez lhe fosse, para aquele desministro, pedagogicamente útil, mas já descreio, receber uma cópia do dito juramento. E fez mais tropelias. É o mesmo que tentou o aniquilamento das capelas nos hospitais e respectivos capelães, é o da reforma da saúde, nome pomposo que significa fazer da saúde um negócio e do doente uma coisa… e o que mais falta e que é excessivo, muito me enfastia de enumerar, mas o mundo não ignora e é minha testemunha.

E vai um e vão dois. Vai também a da incultura, que por iguais pruridos não trato pelo nome, mas o problema é saber quem é que agora limpa e reconstrói o sujo e destruído, porque o desgoverno trôpego e quebrado de que são filhos arrasta-se no seu esbarrigar desavorgonhado.